sábado, 22 de agosto de 2009

Alguns comentários

Aquele que não sentiu a perda de um cinema que freqüentou
durante anos, tem coração de pedra ou a memória nublada
(Carlos Drummond de Andrade)

Cidade sem cinema é como casa sem janela
(grafite em muro de cinema fechado)

Esse Rio de Janeiro! O homem passou em frente ao Cinema Rian, na Avenida Atlântica, e não viu o Cinema Rian. Em seu lugar havia um canteiro de obras. Na Avenida Copacabana, Posto 6, o homem passou pelo Cinema Caruso. Não havia Caruso. Havia um negro buraco, à espera do canteiro de obras. Aí alguém lhe disse: “O banco comprou”.
(Carlos Drummond de Andrade)

Os cinemas não morrem. Eles viram lembranças. Os velhos cinemas não morrem, transformam-se – em quê? Em novos cinemas, menores, mais simples; em lojas, ou depósitos; em lembranças. Em lembranças. [...]. Duvido que alguém não tenha saudosas lembranças associadas a cinema. (Moacyr Scliar)


Um comentário:

  1. Outros espaços, espaços outros são bem-vindos ao cinema. Mas é na rua que o cinema se dá, como é na rua que se dá o encontro.
    Muitas memórias ensolaradas pra tua pesquisa, desse corações de pedra e cal que ainda sobrevivem pela cidade

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